A nossa entrevista deste mês é com a Giovana Olivieri – comunicóloga, arte-educadora e contadora de histórias. E ela usa alguns de nossas almofadas e naninhas para espalhar as historias mais legais por aí. Ela transformou um trabalho voluntário em seu propósito de vida, e isso, claro, mudou sua vida toda! Aqui ela conta pra nós um pouquinho desse caminho tão bacana que ela está percorrendo.
1- Você é contadora de histórias voluntária em hospitais. Conta para a gente por que você fez essa escolha?
Na época que o projeto chegava ao Rio eu estava com vários trabalhos que envolviam crianças (quando ainda atuava como jornalista). Conheci a Regina Porto, que trouxe a ideia para cá e ficou responsável pela Associação Viva e Deixe Viver. Quando ela me contou como era o trabalho e o treinamento, topei imediatamente!
2- Que tipo de pacientes você atende? E como é a reação deles?
São crianças, de várias idades, internadas em hospitais públicos e privados. Elas amam a nossa visita! Muitas vezes, os responsáveis ficam na porta dos quartos ou das enfermarias nos esperando chegar.
3 – Especialmente as crianças ficam muito vulneráveis nos hospitais, como as histórias podem ajudá-las?
Quando eles ouvem uma história, além de serem “levados para fora” daquele lugar, eles voltam a ser crianças. É o momento em que é possível ser, viver e sentir o que a imaginação mandar.
4 – Vc também conta histórias em escolas e eventos. Qual a importância das histórias na formação dos pequenos?
Sim. Hoje, a palavra é a minha profissão. Acredito que uma Roda de Histórias é algo revolucionário. Ali, trocamos sensações e sentimentos. Temos tempo para ouvir e ser ouvido. Acho de extrema importância para a comunicação e a expressão dos pequenos. É nisso que eu trabalho!
5 – Hoje você só trabalha com contação de histórias?
Sim. Não a contação em si. Mas com a linguagem. Contar histórias é a minha ferramenta de trabalho, e serve para incentivar a comunicação e a expressão das crianças.
6 – O que você fazia antes? E por que decidiu mudar?
Eu já trabalhava com linguagem. Minha formação é em comunicação social. Decidi mudar porque queria mais tempo com a minha filha e o jornalismo não estava me permitindo.
7 – A Rabispixa se inspira nas histórias infantis para desenvolver suas roupas, almofadas e tapetes. Como vc vê essa iniciativa? Como mãe, acho incrível poder encontrar roupas para crianças serem crianças. Confortáveis e com algo mais, com significado. Como contadora de histórias, acho o máximo poder ver que os contos , tão belos e antigos, ainda podem estar na moda.